sexta-feira, 24 de abril de 2015

Jovens "Hackers do Bem" na Luta Contra "Hackers do Mal"

Foto: Arquivo Google
O trabalho começou há quatro anos
e já está em sua fase final.

Esses jovens são técnicos da Digital Shadows, a famosa empresa sediada em Londres, Inglaterra, que atua no mercado de sistemas de defesa contra ações dos "hackers" - pessoas que usam a internet para invadir, sabotar e modificar programas e redes de computadores. É uma guerra cibernética entre "hackers do bem" e "hackers do mal", na qual esses jovens, ao invés de criarem sistemas de segurança mais robustos, usam os mesmos sistemas de seus adversários para neutralizar as ações destes. 
O diretor de tecnologia e cofundador da Digital Shadows, James Chapell, disse que "cercar as empresas com campos de força digitais para protegê-las" já é uma estratégia ultrapassada. Ele explicou que os sistemas de tecnologia de informação (TI) já se tornaram muito abertos e difusos, o que facilita muito as invasões dos "hackers". "Redes sociais, longas cadeias de suprimentos, tecnologia móvel, são muitas coisas agora que não vivem dentro dos muros do castelo, vivem fora deles", diz ele. "Já não é possível presumir que você jamais será hackeado. Você tem que presumir que será atacado".  Ou seja: ele acredita  naquele ditado que diz que "a melhor defesa é o ataque antes de ser atacado". 
Aí, entra em ação o "Spider" ("Aranha"), um programa criado por esses jovens. Atuando pela Internet Profunda(*) e pela Rede Tor (**) - ou seja, usando as mesmas armas dos criminosos - o programa procura cerca de 80 milhões de fontes de informações em 26 idiomas buscando sinais de risco para os clientes da Digital Shadows. Suponha, por exemplo, que haja uma conta no Twitter ou no Facebook com aparência de um perfil oficial de um banco que repentinamente começa a oferecer assistência a clientes. Em casos assim, o "Spider" pode neutralizar a ameaça e identificar criminosos que vendem números de contas bancárias de suas vítimas e "hackers" que planejam desfigurar os sites verdadeiros de bancos, empresas, profissionais liberais, etc.

(*) "Internet Profunda" (em inglês, "Deep Web" - "Teia Profunda"), também conhecida como "Web Invisível", "Undernet" ou "Web Oculta", é o conjunto de conteúdos ilegais na Internet que podem conter vírus ou qualquer outra coisa que possa prejudicar os usuários legais.
(**) Rede pela qual o Tor, um software livre de código aberto, funciona protegendo o anonimato de que o utiliza, facilitando ações criminosas e dificultando a identificação do criminoso.

Fonte: Bloomberg Markets

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