sábado, 10 de setembro de 2011

"Elo Perdido" pode ter sido descoberto na África do Sul

Antropólogos acreditam 
que
os hominídeos 
descobertos em abril do ano passado
possam ser o tão procurado "Elo Perdido".

O que os cientistas chamam de "elo perdido" é qualquer tipo de criatura que seja comprovadamente um intermediário entre o Australopithecus, um gênero de hominídeo que viveu na África há cerca de quatro milhões de anos, e o gênero Homo, que somos nós. Ele vem sendo objeto de estudo há mais de 200 anos. Alguns estudiosos, mas também muitos sensacionalistas, tem escrito livros e artigos sugerindo o "abominável homem das neves" do Himalaia e o "Pé Grande", na América do Norte, como possíveis elos entre o Australopithecus e nós, mas a existência dessas criaturas ainda não foi comprovada. O tema tem sido amplamente utilizado para a produção de filmes e histórias em quadrinhos de ficção científica. Entretanto, a descoberta realizada na África no ano passado está atraindo muito a atenção dos antropólogos. 
Crânio de um Australopithecus.

O crânio do Australopitechus sediba
(foto publicada no jornal online Último Segundo
na
sexta-feira passada)
mostra um misto de traços
do
Australopithecus e dos humanos atuais.


A imagem inédita 
do
cérebro do Australopithecus sediba
foi 
mostrada por raios X.
(foto publicada no jornal online Último  Segundo
na
sexta-feira passada)




As análises feitas em dois exemplares de Australopitecus sediba (uma mulher e um menino) encontrados na África do Sul em abril do ano passado indicam que as características físicas e cerebrais desse gênero de hominídeo (ser semelhante aos humanos) o tornam muito mais próximo de nós do que se imaginava até há poucos dias. O estudo coordenado por Lee Berger, da Universidade de Witwaterland, em Johannesbirg, capital da África do Sul, foi recentemente publicado pela conceituada revista norte americana Science. 
Segundo a Science, o estudo foi feito a partir de análises detalhadas dos cérebros, das pélvis, das mãos e dos pés dos dois espécimes. A revista informou que o que mais atraiu a atenção de Berger foi a descoberta de um misto de características do Australoipithecus com as do Homo (seres humanos atuais). Para ele, isto sugere que o Australopithecus sediba seja a criatura mais próxima de ser considerada como um intermiediário entre o Australopithecus e nós. Neste caso, é possível que o gênero hominídeo que viveu na África há cerca de dois milhões de anos seja o tão procurado "elo perdido". 
Entre outros aspectos que fortalecem essa possibilidade está o fato de que a pélvis dos primeiros seres considerados "realmente humanos" parece ter evoluído em resposta a um cérebro de grandes proporções. As análises dos pés e das mãos dos dois espécimes levaram à conclusão de que eram criaturas capazes de produzir e manejar ferramentas que poderia ser de pedra, o que geralmente é um traço associado ao gênero Homo. No entanto, Berger explicou que, embora isto seja dito com mita frequência, o manuseio de ferramentas não é exclusividade do gênero Homo. 

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