sábado, 23 de fevereiro de 2013

Meteoritos Trazem a História da Nossa Origem

Ao que parece,
os meteoritos chegam à Terra
para nos revelar 
como se deu a nossa origem. 








 A "chuva" de meteoros pela qual a Terra está passando tornou-se mais evidente para nós depois da recente da catástrofe ocorrida na Rússia. Na sexta-feira passada, um meteoro do tipo "bola de fogo" não chegou a cair, mas passou tão perto que causou uma onda de fogo que gerou catástrofes na região dos Montes Urais. Nos últimos dias vários deles tem sido vistos em vários países, inclusive no Brasil.
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Porém, o fenômeno está correndo desde dezembro passado. Os primeiros meteoros dessa "chuva" foram vistos a partir das Ilhas Canárias, arquipélago do oceano Atlântico situado próximo ao Marrocos.
A "chuva" de meteoros pode ocorrer várias vezes por ano. Acontece quando a Terra, em seu movimento de translação (em torno do Sol) passa por dentro se trilhas de meteoros, que são, em sua maioria, destroços de cometas que também se movimentam em torno do Sol. 
No Brasil, eles são popularmente chamados de "estrelas cadentes". Eles assumem o aspecto de estrelas porque se queimam quando penetram na camada atmosférica deste planeta. Isto acontece esporadicamente ou em forma de "chuva" como a atual. Existem dois tipos de meteoros: os bólides e as "bolas de fogo". 
Os bólides são constituídos por fragmentos de matéria que "viajam" pelo espaço. Os meteoros que foram vistos por quem estava em vários estados do Brasil durante esta semana eram "bolas de fogo" - segmentos de rocha cuja incandescência lhes dá o aspecto de bolas e que deixam "rastros" luminosos por onde passam. 
O meteorito Bendegó,
até hoje o maior encontrado no Brasil
e o décimo sexto maior do mundo.

Os bólides são também conhecido como "meteoritos", não somente por serem menores do que os outros tipos de meteoros, mas também por se diferenciarem quanto aos elementos que os compõem. Por serem menores, são pouco consumidos pelo fogo quando penetram a camada atmosférica da Terra e chegam ao solo quase intactos. 
Existem poucos relatos sobre pessoas que morreram por causa de quedas de meteoritos, mas existem. Aconteceu com dois padres na Itália, em Cremona em 1511 e em Milão em 1650. Conta-se também que na Suécia, dois marinheiros morreram quando estavam num barco, no mar, e o barco foi atingido por um meteorito, numa tarde em 1674. Entretanto, o número de pessoas mortas pode ser enorme se um meteorito cair no centro de uma cidade. Não se sabe se isto já ocorreu, mas é possível que ocorra, pois eles podem cair em qualquer lugar do planeta. Isto seria uma grande tragédia, já que alguns meteoritos já encontrados em solo terrestre são pouco maiores do que uma ervilha e pesam algumas e outros tem mais de dois metros de diâmetro e pesam toneladas. Devemos também considerar que os efeitos do impacto de um meteorito com o solo não são causados apenas por suas dimensões e seus pesos, mas principalmente pela altura e pela velocidade em que ele chega ao solo. 
O Hoba West (veja a foto) é o maior meteorito já encontrado na Terra. Ele foi encontrado nas proximidades da cidade de Grootfontein, na Namíbia. Tem pouco mais de dois metros de comprimento, pouco mais de dois metros de largura e pesa 59 toneladas. O segundo maior é o Cabo York, assim chamado por ter sido encontrado na região de mesmo nome, na Groenlândia, em 1837, e atualmente está no Museu Americano de História Natural, em Nova York, e pessoa pouco mais de 30 toneladas.
O maior meteorito encontrado no Brasil - e atualmente o décimo sexto maior do mundo - é o Bendegó. Tem este nome por ter sido encontrado por um menino (Bernardino da Mota Botelho) próximo ao riacho Bendegó, no interior da Bahia. Atualmente está no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro (RJ). Tem 2,20 metros de comprimento, 1,45 metro de largura e 5,3 toneladas.
Além de serem menores do que os demais tipos de meteoros, os meteoritos diferem deles pela sua composição material. Os demais meteoros são compostos por misturas de elementos bem mais complexas, mas os meteoritos são compostos por côndrulos e partículas de minerais (principalmente ferro). "Côndrulos" são pequenas esferas, com diâmetros de poucos milímetros, que contêm minerais e ligas de ferro e níquel. Cada côndrulo contém um resumo da matéria principal da formação de todo o Sistema Solar. Eles resultam da condensação de matéria bruta dispersa há bilhões de anos no espaço dentro do qual se originaram o Sol, os planetas que giram ao seu redor (inclusive a Terra, é claro), seus respectivos satélites, etc. Isto significa que, ao caírem na Terra, os meteoritos trazem até nós um resumo, contado através de elementos químicos, de informações importantes sobre nossas próprias origens. 


Fontes: diversas edições das revistas "Astronomy Now", do Reino Unido, e "Astronomy", dos Estados Unidos. 

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