terça-feira, 14 de maio de 2013

Atriopeptina - desconhecida, mas muito importante.

Apesar de ter sido descoberta no final da década de 1970,
a atriopeptina não é tão conhecida quanto deveria.



Apesar dos estudos realizados desde 1979, 
a importância da atriopeptina como hormônio cardíaco ainda não é tão conhecida quanto deveria ser.
Porém, não faltam informações. 


Até 1978, poucas pessoas imaginavam que, além de impulsionar sangue para o sistema circulatório, o sangue tivesse alguma outra função orgânica. Em 1979, o cientista canadense  Adolfo de Bold, da Queen's University, surpreendeu o mundo da medicina quando detectou grânulos capazes de secretar uma substância peptídica, existentes nos tecidos dos átrios. Os peptídios são biomoléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos. As biomoléculas são compostos químicos responsáveis pela estrutura e pelo funcionamento de toda matéria viva.  Os átrios são espaços dentro do coração que recebem o sangue vindo das veias (sangue venoso) e o repassam aos ventrículos.
O cientista percebeu que, ao ser isolada e injetada em ratos por via intravenosa, a substância provocava um considerável aumento da excreção de sódio pelo rim, e chamou a isto de "Atrial Natriuretical Factor" ("Fator Natriurético Atrial"), mais conhecido pela sigla ANF (em português, FNA). A descoberta revolucionou o domínio  da fisiologia e da medicina. Intensificaram-se pesquisas cardiológicas, e desde então vários artigos a respeito foram publicados em revistas especializadas em todo o mundo. Nos Estados Unidos, até hoje se distinguem trabalhos nessa área, inclusive os do cientista brasileiro Thomas Camargo Maak, realizados durante a década de 1980. 
Apesar de ser tão importante, essa substância, chamada "atriopeptina", ainda é uma grade desconhecida do "grande público". Ninguém precisa ser médico para saber que se conhecer pelo menos um pouco a seu respeito, já é possível ter-se uma ideia de alguns cuidados que precisamos ter quanto aos nossos corações. Hoje, pelo menos os médicos já sabem que, em condições normais, a atriopeptina se mantém na circulação sanguínea em níveis relativamente baixos mas estes se elevam quando o átrio se dilata por causa do aumento do volume de sangue. 
Normalmente, graças a uma sequência eventos de defesa do organismo, a pressão arterial se mantém sob controle. No entanto, há casos em que ela pode baixar e, quando isto acontece, as células justaglomerulares, existentes nos rins, secretam um hormônio chamado renina, que provoca reações que restabelecem a pressão normal.
Agora você já sabe pelo menos um pouco a respeito da atriopeptina. Você pode saber mais, pesquisando revistas de informação científica (existem muitas à disposição em bancas em todo o Brasil) ou perguntando ao seu médico de confiança, que pode ser um cardiologista ou um angiologista.
Fontes: 
  • revista "Ciência Hoje" no. 28, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
  • Almanaque Abril, da editora Abril. 


Foto: arquivo Google

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por prestigiar este blog. Seus comentários sempre serão muito importantes.