quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Veja se você é consumidor(a), consumista ou as duas coisas.

Você quer comprar 
um par de sapatos mas,
se houver uma "promoção",
compra dois pares, ou os sapatos e mais alguma coisa.
Ao fazer isto,

você é consumista. 


Você é consumista se leva filhos, netos, etc., e permite que eles escolham o que quiserem no supermercado. É consumista se você toma sua cerveja todo final de semana e sente falta dela quando não faz isto. É consumista quando sai de casa com uma lista do que necessita e retorna com mais do que o que constava constava na lista. É consumista quando paga por serviços não necessários. Sim, porque o consumismo é o gasto que se faz com o que não é necessário.
O consumidor é aquele que compra ou paga por somente aquilo que lhe é necessário. Porém, essa sensação de necessidade pode ser ilusória, e o consumidor passa a ser também consumista por criar o hábito de comprar coisas (gêneros alimentícios, roupas, calçados, etc.) ou adquirir serviços dos quais ele pensa que necessita mas não necessita. Neste caso, o consumista é o que geralmente chamamos de "consumidor compulsivo" - a pessoa que compra por compulsão. Em muitos destes casos, há pessoas que até roubam mercadorias, pois sentem uma irreal necessidade de levar o produto mesmo sem poder pagá-las.
O consumismo se caracteriza pela compra excessiva de produtos supérfluos, principalmente por causa da propaganda, mas não é um problema causado apenas pelos veículos de informação (televisão, revistas, jornais, etc.). É um problema que existe desde a Idade Média, e quando o século XX começou, era chamado "consumo conspícuo". Essa expressão foi usada pela primeira vez por Thorstein Bunde Veblen, economista e sociólogo dos Estados Unidos, como algo que uma pessoa pratica para demonstrar sua posição na sociedade - ou seja, aquilo que hoje chamamos de "manter as aparências". A expressão "consumo conspícuo" se generalizou no mundo durante a década de 1960, mas a partir daí passou a ser associada a debates sobre a "cultura de massa",  a qual passou a ser considerada como influenciada principalmente pela televisão.
O mais importante para saber diferenciar as duas coisas é saber que no consumo as pessoas adquirem somente o que lhes é necessário; no consumismo há gastos excessivos em produtos supérfluos. "Supérfluo" não é apenas o que não tem utilidade, é também aquilo que, se a pessoa não comprasse, não lhe faria falta. São exemplos de consumismo:


  • Entrar numa sapataria para comprar um par de sapatos e acabar comprando dois pares, ou um par de sapatos e uma bolsa, ou o par de sapatos e mais alguma coisa qualquer, somente porque estava na promoção, o preço estava baixo ou qualquer outro motivo.
  • Geralmente quando alguém faz uma lista de produtos a serem comprados num supermercados, inclui na lista o que considera necessário e não pode ser esquecido. Portanto, quando você faz uma lista de compras e acaba comprando mais do que o que está na lista, você é consumista.
  • Avôs e avós são consumistas quando vão ao supermercado e, além de comprar o necessário, compram algo mais porque "os netinhos gostam". 
  • Se você toma sua cerveja, mesmo que seja pouca e somente nos finais de semana, mas não passa um final de semana sem tomá-la, você é consumista. O ato de tomar cerveja lhe dá prazer, mas não é necessário. O pior é que este pode ser um tipo de consumismo que talvez esteja transformando você num alcoólatra. Afinal, que não consegue ficar sem ingerir bebida alcoólica, mesmo que só a consuma em fins de semana, já está se tornando um dependente dela. 
  • Pessoas que abusam do uso de cartões de crédito e se aprofundam em dívidas para satisfazer os desejos dos filhos que querem telefones celulares mais modernos, Ipods, tablets e outros objetos caros. 
  • Pessoas que fazem questão de usar roupas de grifes famosas sem condições financeiras que facilitem isto e que podem usar outras roupas equivalentes, de qualidade, porém mais baratas.
  • Pessoas que, em nome da "criança que não entende", de "manter a tradição" e outras desculpas já tão comuns, se endividam para não deixar de comprar presentes de Natal, produtos para a Ceia de Natal, ovos de Páscoa, etc. 
Enfim: há momentos em que algumas pessoas são consumidoras, outros em que elas são consumistas, e há também momentos em que todos nós somos as duas coisas ao mesmo tempo. 

Fontes:
  • "Organização, Investimento e Conquistas", de Lair Ribeiro - editora Livros Escala,
  • "Aprimorando a Relação com o Dinheiro", de Lair Ribeiro - editora Livros Escala,
  • "Criando o Próprio Futuro", de Simon Franco - editora Ática.

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