domingo, 1 de junho de 2014

Vícios de Linguagem no Jornalismo Prejudicam Estudantes no Enem

No destaque,
dois erros numa frase.
Erros nas redações jornalísticas
causados por vícios de linguagem
são cada vez
mais comuns no Brasil
e fazem estudantes perderem pontos nas redações.


Os vícios de linguagem cometidos através dos meios de comunicação influenciam na sociedade direta e profundamente. Em conversas e mensagens informais, eles não são tão nocivos, mas o problema é que eles estão se tonando hábitos comuns em discursos, palestras e principalmente nas redações feitas em provas no Exame Nacional de Ensino Médio, em vestibulares e em concursos públicos, e obviamente fazem com que os participantes que os cometem percam pontos. Na ilustração acima, há um exemplo bem claro disto: "Inscrições no Enem acabam hoje às 23h59m".
O erro mais nítido: não foram as inscrições que acabaram naquela data e naquele horário. O que terminou foi o período para os estudantes se inscreverem. O outro erro: as inscrições não são do Enem, são dos estudantes. O jornalista que escolheu o título da matéria tinha duas opções corretas para utilizar: "Período de Inscrições no Enem termina hoje às 23h59m" ou "Prazo para Inscrições no Enem termina hoje às 23h59m". Para encurtar a frase e torná-la mais sucinta, poderia ser "Prazo para Inscrições no Enem termina às 23h59m" (não precisaria da palavra "hoje", pois a  data já estaria subentendida: é a mesma da edição do jornal, que sempre consta no alto da página).
Nos noticiários de rádio e televisão, ainda predominam vícios de linguagem fáceis de serem evitados, tais como "vai estar realizando", "estarão fazendo", etc., quando é bem mais simples pronunciar as fomas corretas - nestes casos, "realizará" e "fará" - que, além de serem corretas, são mais fáceis de serem entendidas por quem as ouve, pois são mais sucintas. É preciso que os profissionais da chamada "comunicação de massa" - jornalistas, radialistas, publicitários, de marketing, etc. - tenham em mente que expressões como "imperdível", "vai estar...", etc., podem e devem ser evitadas porque as funções desses profissionais não se limitam a dar informações e transmitir mensagens. Entre suas funções, está principalmente a de colaborar para que as pessoas a quem eles se dirigem também aprendam a se comunicar melhor, informal e formalmente. 

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