sábado, 13 de setembro de 2014

Saiba como são feitas as pesquisas eleitorais no Brasil.

São as intenções de voto
que influenciam os resultados das pesquisas,

ou a divulgação das pesquisas
é que influencia
a maioria dos eleitores?






Em todo ano eleitoral, muitos eleitores questionam como são feitas as pesquisas eleitorais. As dúvidas da maioria deles vem principalmente do fato de que eles nunca foram entrevistados por representantes dos institutos de pesquisa. Segundo os especialistas, ou "cientistas políticos", as pesquisas sobre intenções de votos orientam estratégias partidárias e determinam os rumos das campanhas políticas. Se orientam as estratégias, não sei, mas não tenho dúvidas de que determinam os resultados das eleições. Isto porque infelizmente muitos eleitores acham que "perder voto" é votar em quem não será eleito. Aí, para não perder voto, votam no candidato que está à frente nas pesquisas. De qualquer forma, saber como as pesquisas são feitas é mais importante do que conhecer seus resultados. Veja por que:

Depois que a pesquisa é contratada, a instituição escolhida define seu foco, prazos, conteúdo, técnica de amostragem, seleção da amostra, etc. Em seguida, são estabelecidas as formas de pesquisa (se será por meio de questionários, entrevistas, cartões, etc.). Depois vem o treinamento dos pesquisadores, a definição da forma de coleta dos dados e da checagem, do processamento e da análise desses dados. A última etapa a ser decidida é sobre como serão feitos a divulgação dos resultados e o acompanhamento do que acontecerá a partir disto.
Começa então a etapa mais importante: a definição da amostra da pesquisa. As técnicas costumam variar em cada ocasião, e por vários motivos: com o tempo a população (da cidade, do estado ou do país) aumenta, eleitores mudam de domicílio, etc., e esses e muitos outros fatores exigem modificações. Em geral, nos levantamentos nacionais ou estaduais, são sorteados ou escolhidos alguns municípios, depois alguns bairros de cada município escolhido e, em seguida, os pontos onde as entrevistas serão aplicadas. Feito isto, os entrevistados são escolhidos segundo o sexo, a faixa etária e o grau de instrução. Os dados utilizados para compor a amostra são obtidos junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aos tribunais regionais eleitorais (TRE). É a partir deste ponto que surge dúvida: "Por que eu nunca fui entrevistado?".


Segundo o TSE, o Brasil tem mais de 142,8 milhões de eleitores em condições de participar participar das eleições deste ano. As pesquisas costumam ter amostras numa média de 2.500 a 3.000 entrevistas. Isto quer dizer que, no caso nacional, é entrevistado em média um eleitor entre cada 50 mil. Para chegar ao total do eleitorado, seriam necessários 50 mil levantamentos com amostras como esta com cada eleitor sendo entrevistado apenas uma vez. Portanto, considera-se como mais importante não o número de entrevistados, mas a representatividade do eleitorado através dos selecionados. A questão, neste caso, é que outro eleitor que nós nem ao menos sabemos quem é não pode responder por mim ou por você. Sendo assim, fortalece-se a suposição de que é o resultado das pesquisas divulgadas que influencia a eleição, não a preferência do eleitor. 

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