sexta-feira, 19 de junho de 2015

Falta de Água: situação mundial cada vez mais grave.

Controlar o uso da água significa deter poder.
Tentar descobrir e apontar culpados
pode significar um desperdício de tempo
que nunca foi tão precioso quanto agora.



A falta de água em condições de ser consumida por seres humanos já está afetando pouco mais de 40% da população do mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas. Isto representa pouco mais de 2,88 bilhões de pessoas. Também representa quase a metade da população mundial. A justiça precisa ser feita, e exatamente porque é necessário que haja justiça, e também porque se trata de uma grande corrida contra o tempo, mais importante do que apontar culpados, é necessário usar o tempo para buscar soluções para o problema ou pelo menos não deixar que ele se agrave mais. Buscar tais soluções significa tentar salvar crianças, idosos, mas também pessoas de todas as idades. A falta de água também leva à falta de tudo que depende dela e do que nós dependemos: alimentos, medicamentos, etc. 
Estes fatos nos fazem perceber claramente um outro: está claro que aquele tiver maior controle do uso da água também terá maior poder político. Evidências cada vez mais visíveis tornam claro que as diferenças entre países desenvolvidos e em desenvolvimento demonstram que a crise mundial dos recursos hídricos tem muito a ver com as desigualdades sociais. Essas evidências são ainda mais graves quando se verificam as diferenças entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos. Se os dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estiverem corretos, menos da metade da população mundial tem acesso à água de fato destinada a ela, já que 73% dela são utilizados em sistemas de irrigação e 21% são utilizados pelas indústrias. Isto quer dizer que restam para consumo doméstico somente seis por cento.
Cerca de 35% da população mundial (1,2 bilhão de pessoas) não tem acesso à água tratada. Cerca de 43% (um bilhão e 200 milhões de pessoas) não podem contar com serviços de saneamento básico adequados. O desafio para se encontrar soluções para estes problemas se torna cada vez maior.  De nada adiantam seminários, conferências, discussões e mais discussões se os resultados das negociações não vierem com a necessária urgência. A globalização avança, os países tentam se organizar formando blocos econômicos que viabilizem a comercialização internacional de bens e serviços com redução ou eliminação de tarifas alfandegárias, mas a escassez de água potável também ultrapassa fronteiras, tornando necessária em muitos países uma crescente importação de alimentos, especialmente os grãos, para suprir a demanda interna a preços compatíveis com a realidade econômica da maior parte da população. 
Agravando os problemas para o consumo doméstico, a industrialização consome mais água do que a urbanização. A concentração populacional nas zonas urbanas gera uma demanda ainda maior à medida em que as pessoas passam a consumir mais alimentos de origem animal, principalmente carnes, mas também ovos, derivados do leite e grãos (arroz, feijão, etc.). Tudo isto significa que o tempo para ser gasto com reuniões e discussões acabou. Urge que se parta imediatamente para as ações.

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