segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Brasil: Perspectivas Preocupantes para 2016.

Ilustração: Papel Semente
Alta do dólar
atinge mais um recorde,
queda do PIB
em 2,6%
e apresentação do orçamento para 2016 com
contas "no vermelho".

Com a crise econômica - mundial ou não - em andamento e as situações aqui citadas nestes níveis, o povo brasileiro tem sérios motivos para ficar preocupado. O relatório de mercado Focus, do Banco do Brasil, divulgado no dia 17 passado, já previa que o índice do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheria não somente este ano, mas também em 2016. Durante a semana passada os economistas do mercado financeiro baixaram sua estimativa de inflação para este ano, mas a previsão de uma contração maior do PIB é algo muito preocupante. A previsão com relação à inflação, que antes era de 9,29%, foi baixada para 9,28%. Mesmo assim, caso as perspectivas se confirmem, ainda será o maior índice de inflação do Brasil nos últimos 12 anos. Hoje as perspectivas são ainda piores, já que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB do segundo trimestre deste representou uma queda de 1,9% e que o Brasil está em "recessão técnica". 
A expressão "recessão técnica" significa que o Brasil produziu menos riqueza no segundo trimestre do que no anterior. Na prática, isto é um sinal de alerta. Significa que as quedas no PIB ainda não causam muitos reflexos visíveis na economia mas ao mesmo tempo indicam que algo vai muito mal. A situação é diferente da recessão de fato, quando a situação do país é bem clara, mas o desemprego ainda cresce assustadoramente, os índices de falência aumentam e tudo isto gera queda na produção e no consumo. 
Como se tudo isto não bastasse, nesta segunda-feira (31/08/2015) pela manhã o dólar comercial teve um aumento de 2 por cento, passando a valer R$ 3,68, sendo a maior alta já registrada desde 2002. Isto não dificulta apenas a vida de quem vai viajar para outro país ou quer comprar a moeda para deixar em casa. Dificulta a vida de todos os brasileiros, porque a alta do dólar significa desvalorização do real, e isto significa queda do poder aquisitivo de todos nós. Nas casas de câmbio de São Paulo o dólar já estava sendo vendido por preços acima de R$ 4,00 enquanto o Euro, também operando em alta, chegou a ser vendido por R$ 4,50. Por sua vez, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, teve no mesmo dia uma queda de 1,12%, o que representou uma queda acumulada em 8,33% em agosto. O pior é que nos últimos dois meses o Ibovespa acumulou uma queda de 12,5% porque em julho também houve uma queda de 4,17%.
Como se todos esses problemas já não fossem agravantes, o governo brasileiro apresentou também no mesmo dia sua proposta de orçamento da União para 2016 com a previsão de um déficit primário de R$ 30,5 bilhões. Isto representa meio por cento do PIB. Em outras palavras: o governo terá que pagar os juros das dívidas com mais dinheiro emprestado e sem economizar. Apesar das informações de que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) considera que a economia brasileira começará a se recuperar em 2016, os investidoras acham que a decisão do governo brasileiro deixa o Brasil bem mais próximo de perder seu grau de investimento.

Fontes:

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