A presença de água salgada pode ser indício de existência de vida em Marte. Foto: Revista Superinteressante |
que a revelação mais importante
sobre o Planeta Vermelho
ocorreu nesta semana.
O quarto planeta do Sistema Solar - contado a partir do Sol, vem depois da Terra - sempre foi alvo de suspeitas de existência de seres vivos, não somente nos filmes de ficção científica, mas também em estudos sérios a respeito. O anúncio feito esta semana pela Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa), dos Estados Unidos, reforça essa hipótese. A sonda Mars Reconnaisance Orbiter recolheu imagens do solo do planeta e elaborou um relatório bem detalhado com elas. A imagem abaixo, por exemplo, revelou algo que atraiu muito a atenção dos cientistas.

O mistério chegou ao fim esta semana. Pelo menos, parte dele. Na segunda-feira passada, os especialistas da Georgia Tech - Instituto de Tecnologia da Geórgia, Estados Unidos - revelaram que as linhas ficam cada vez mais largas quando é verão naquela região e desaparecem no inverno. Isto os levou à conclusão de que são rastros de água que se comportam exatamente como os rios da Terra: aumentam e diminuem seus volumes de água de acordo com as épocas do ano.
Para explicar como o solo marciano interage com a água, os cientistas informaram que o mais provável é que ela se forma a partir da umidade do ar em contato com sais do solo. Isto gera água salgada. Aliás, extremamente salgada, pois a concentração de sais no solo marciano é altíssima. Além disso, existem grandes possibilidades de haver aquíferos no subsolo e reservas de gelo que derretem quando o calor local aumenta. Aliada ao fato de que já se sabe há alguns anos que existe gás metano em Marte, e que este é um dos gases associados à existência de vida na Terra, a confirmação da água salgada no "Planeta Vermelho" amplia o leque de expectativas de existência de vida também nele. Não necessariamente de formas de vida semelhantes às da Terra, mas pelo menos de micróbios metanogênicos. Por seu turno, a comprovação da existência de água líquida (existe também a água sólida - por exemplo, os icebergs) amplia muito a possibilidade de existência de formas de vida mais complexas.
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