sábado, 24 de outubro de 2015

Os Minoicos

O que ainda resta do Palácio de Cnossos
(acima)
comprova a exuberância da arquitetura minoica.
Nas fotos abaixo, ruínas do Palácio de Cnossos
e um vaso do século VIII a.C.
com uma representação em relevo
do
Cavalo de Troia.
fotos: Wikipedia  

Estudiosos
acreditam
que houve relações
entre a civilização minoica
e a civilização atlante.


A civilização minoica surgiu em Creta, a maior ilha do mar Egeu, na Era do Bronze grega (3100 a.C-2.650 a.C.) e progrediu muito durante 15 séculos (entre os séculos XXX e XV antes de Cristo). Foi redescoberta no início do século XX por uma equipe de arqueólogos liderada pelo britânico Arthur Evans. Ao que se sabe até agora, os primeiros habitantes de Creta surgiram há 128 mil anos antes de Cristo, mas as primeiras evidências de atividades agrícolas verificadas na ilha, caracterizando o que se chama de início de uma civilização, datam do ano 5.000 a.C.
O uso do cobre na ilha iniciou-se por volta do ano 2.700 a.C. e, desde então, tornou-se possível o manuseio do bronze. Esse marco permitiu que a civilização local se desenvolvesse gradativamente durante os séculos que se seguiram a partir de então, irradiando sua cultura para grande parte do Mediterrâneo Oriental. As relações entre os minoicos e os atlantes começa pela confirmação histórica de que os minoicos enfrentaram muitos períodos de conturbação interna, não somente causados por razões políticas, guerras, etc., mas também por desastres naturais que destruíram a maior parte de seus centros urbanos. 

Por volta do ano 1.400 a.C., os minoicos, enfraquecidos internamente, já se encontravam totalmente dominados pelos micênios, civilização de sofisticada cultura grega que se desenvolveu entre 1.600 e 1.050 a.C. Seu nome se deriva de Micenas, cidade que foi um dos mais importantes centros políticos e culturais dessa civilização. Os micênios logo se tornaram grandes dominadores de atividades comerciais e suas conquistas marítimas fizeram com que progredissem ainda mais nesse setor, facilitando sua comunicação com o continente e com outras ilhas. Com isto, logo passaram a exercer uma profunda influência econômica e cultural sobre a maioria dos povos do Mediterrâneo Oriental. Escreveram os mais antigos documentos em grego dos quais se tem conhecimento. Construíram Micenas, Tirino, Pilos e outras imponentes cidadelas fortificadas. Micenas foi a cidade mais próspera da Grécia por muitos anos, revolucionando as artes, a engenharia e a arquitetura.
O centro cerimonial, político e cultural se desenvolveu com maior evidência em Cnossos, atualmente o maior sítio arqueológico da ilha de Creta. Lá os turistas podem ver a reconstituição de muito do que foi destruído pelo tempo, porém a partir das ruínas da construção original do que foi o palácio que aparece nas fotos neste artigo, por exemplo. A cidade manteve sua importância mesmo durante o período em que Certa foi dominada pelo Império Romano. 
As ruínas de Cnossos foram descobertas em 1818 por Minos Kalokairinos, um comerciante e antiquário cretense que liderou as primeiras escavações do Monte Cefala.  Durante esse trabalho foram encontrados os armazéns da ala oeste e partes da fachada ocidental. Diversas pessoas tentaram continuar os trabalhos no sítio. Apenas em 16 de março de 1900,  Arthur Evans comprou todo o sítio e pôde então realizar um trabalho ali em grande escala. A escavação e a restauração de Cnossos e a descoberta da cultura que ele chamou de minoica estão intimamente ligadas à sua história pessoal.
Auxiliado por
 Duncan Mackenzie, arqueólogo inglês que já se havia destacado por suas escavações na ilha de Melos, e por um certo "Senhor Fyfe", arquiteto da Escola Britânica em Atenas, Evans contratou uma enorme equipe de trabalhadores locais. Em poucos meses, a equipe desenterrou uma parte substancial de um edifício, que ele chamou de Palácio de Minos. No entanto, não se sabe se era realmente um palácio, já que atualmente entendemos por "palácio" um prédio elegante, usado como morada de um chefe de Estado ou indivíduo de igual estatura. 

De qualquer maneira, os trabalhos da equipe de Evans revelaram que Cnossos era uma reunião intrincada de mais de 1000 aposentos que se interligavam, alguns dos quais serviam como ateliês para artesãos, e centros de processamento de alimentos (como, por exemplo, prensas para a fabricação de vinho). Esse conjunto de obras servia tanto como armazém central quanto como centro religioso e administrativo. A sala do trono foi repintada por uma equipe de artistas formadas por pai e filho, ambos chamados Émile Gilléron, sob ordens de Evans. Embora este afirmasse ter baseado suas recriações a partir das evidências arqueológicas, muitos dos afrescos mais conhecidos da sala do trono são criações inteiramente próprias dos Gilléron. Isto certamente gera dúvidas, mas ainda assim não se pode descartar as semelhanças do que foi descoberto com as descrições de Platão e Sólon relacionadas a construções atlantes. Claro, os minoicos não eram os atlantes, mas isto sugere uma possível forte relação entre as duas civilizações. Essa suposição se reforça pelo fato do sítio de Cnossos ter uma história de habitação humana muito antiga, que se iniciou com a fundação do primeiro assentamento neolítico, por volta de 7.000 a.C. Com o tempo, e em diversos períodos com dinâmicas sociais peculiares, Cnossos cresceu até que, dos séculos XIX a XVI a.C. (durante os períodos do 'Antigo Palácio' e do 'Novo Palácio') o local passou a ter não só um centro administrativo-religioso monumental, como também uma população que habitava o seu entorno, que variava de 5000 a 8000 pessoas.
Coincidência ou não, o mundialmente conhecidíssimo pesquisador francês Jean-Yves Jacques Custeau (1910-1997) anunciou, há algumas décadas, que ele e sua equipe de 30 marinheiros a bordo da embarcação Calypso encontraram evidências de que houve, no Estreito de Gibraltar (onde Platão e Sólon afirmavam que existiu a Atlântida), por volta de 1.650 a.C., uma extraordinária erupção de um vulcão potencialmente suficiente para destruir uma ilha de grande porte. Nessa ilha destruída desta forma, poderia ter vivido antes uma civilização com capacidade de influenciar política e culturalmente os povos que viveram em Creta e em outras regiões próximas. 

Fontes:

  • "Atlântida" e "Os Maias" - Wikipedia
  • "Platão" (coleção "Os Pensadores" )- editora Nova Cultural - São Paulo, SP;
  • "Atlântida, o Enigma dos Deuses", de Curtis Masil - Ediouro - Rio de Janeiro, SP.
  • "O Livro do Misterioso Desconhecido", de Robert Charroux - editora Difel - Rio de Janeiro, RJ.

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