quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Pessoas São Vítimas Fáceis de Golpes por Causa da Ganância

É claro que mensagens como esta, no celular,
sempre são golpes.
Mesmo sabendo disto,
muita gente ainda arrisca e faz o que os golpistas pedem.
(Foto: Arquivo Google)
Golpes pelos celulares como o mostrado na foto, 
golpes do bilhete premiado, etc.,
já são "velhos conhecidos". 
Mesmo sabendo disto,
as pessoas se arriscam.


Aí, o que acontece? Acabam se tornando vítimas, é claro. Mesmo aquele velho golpe do "sequestro" informado por telefone, já conhecido desde os anos 1990, ainda faz muitas vítimas. As razões são claras: a ingenuidade de algumas pessoas e e a ganância de muitas. A isto, soma-se o fato do Brasil estar na mais profunda crise econômica de sua história. Cada vez mais pessoas estão perdendo emprego, os aumentos de salários, quando ocorrem, não acompanham a mesma proporção dos aumentos de preços de produtos necessários, muitos empregados temem a possibilidade de perder seus empregos a qualquer momento. Eis aí uma situação extremamente propícia para a ganância, somada à necessidade, falar mais alto do que o bom senso.
A empresa de segurança Engeplus Telecom confirma o que muita gente já suspeita ou sabe há muito tempo: grande parte dos golpes dados por telefone são realizados por presidiários. Eles se organizam em grupos que atuam 24 horas por dia, fazendo ligações em turnos (enquanto uns fazem as ligações, outros dormem ou fazem alguma outra coisa, e depois revezam). Nessas ligações, os golpistas percebem o quanto as pessoas que os atendem são humildes, com pouca informação, e principalmente as que são as mais gananciosas.
A psicóloga Karen Rodrigues Gomes diz que, na maioria das vezes, seja por telefone ou numa abordagem pessoal (nas agências bancárias, nas ruas, etc.), os criminosos executam as ações de forma muito rápida. Dão informações demais e falam rápido demais para a vítima não raciocinar direito. A pessoa não consegue discernir o que é ou não é verdade, e se torna vítima fácil. No entanto, o que agrava o problema é mesmo a ganância. As pessoas nutrem o pensamento equivocado de que "querer é poder", "eu quero e posso", etc.
Para se ter uma ideia da gravidade disto, basta dizer que o golpe do bilhete premiado existe desde a década de 1940. Atualmente a extorsão é feita por telefonia fixa, móvel, pela internet e, em alguns casos, às vezes dentro de agências bancárias, são dados pessoalmente. O bancário Melton Luiz Ludwig diz que as vítimas de golpes dados dentro das agências bancárias têm um comportamento que lhes é peculiar. Ela quer fazer a movimentação bancária rápida e não responde as perguntas feitas pelo funcionário caixa do banco. Quando percebemos que uma pessoa que não tem hábito de sacar quer tirar uma quantia alta da sua conta perguntamos qual será o destino”, explica. "Em 95% dos casos, afirma Ludwig, a pessoa não responde ou fala que está comprando algum bem material ou esse dinheiro irá para um filho. Os caixas são orientados neste sentido, percebemos o comportamento dessas pessoas, fazemos perguntas e conseguimos decifrar para quem esse dinheiro será destinado”. No caso da identificação, o gerente da agência bancária entra em contato com a família da vítima. “Aqui em nossa agência conseguimos burlar duas ações destas”, frisa. Ele acrescenta que, quando o golpista percebe que a vítima está demorando para sacar a quantia, foge do local.

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