terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Entidade Aconselha Mais Prudência na Divulgação Sobre Microcefalia

Foto: Arquivo Google.
A imprensa,
os governos, etc.,
tem que ser mais responsáveis 
quanto ao que divulgam,
e os internautas,
quanto ao que postam,
curtem ou compartilham.


Enquanto há cientistas que ainda procuram provas de que o Zika vírus, que é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, causa a microcefalia, dois novos estudos apontam a possibilidade de que o novo aumento de casos no Brasil seja provocado também por problemas nas estatísticas brasileiras. Os estudos feitos nos estados da Paraíba e Pernambuco foram publicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 
Esses estudos revelaram que havia subnotificações de casos de microcefalia antes da atual epidemia do Zika vírus começar a ocorrer. "Subnotificação" é uma notificação é uma notificação não formalizada e, por isto, apresenta números quase sempre abaixo dos reais, o que prejudica muito os resultados finais. Na Paraíba, por exemplo, segundo uma reportagem do Jornal Hoje (rede Globo de Televisão) que foi ao ar no dia 15 deste mês, os pesquisadores descobriram uma grande diferença entre o número de casos de registrados em estudos sobre doenças cardíacas em recém-nascidos e os notificados ao Ministério da Saúde. 
O problema cresce ainda mais pelo fato de que ainda são muitas as famílias que não tomam os devidos cuidados para evitar a proliferação dos mosquitos. Muitas pessoas ainda acham que há exageros na informação - e mesmo que isto fosse verdade, não seria motivo para não tomarem os devidos cuidados. Muitas também acham que sabem como cuidar do problema e por isto não necessitam dos conselhos que recebem. Como resultado, vem o crescimento do número de casos de microcefalia, de dengue e de todas as outras doenças relacionadas ao Aedes Aegypti - sem falar em todas as demais doenças existentes no país.
Como se isto não bastasse, vez por outra alguns setores da imprensa divulgam informações não oficiais - e por isto nem sempre verdadeiras - sobre a doença. O caso se agrava quando essas informações vão parar na Internet e são divulgadas e "redivulgadas" pelos internautas em blogs e nas redes sociais através de postagens, "curtidas" e compartilhamentos. Por isto, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) publicou uma nota em que afirma ter sido mal interpretada. Na nota, a entidade negou ter afirmado que haveria alguma relação entre o uso de um certo tipo de larvicida (substância para eliminar larvas) e o surto de microcefalia no Brasil. Segundo o Portal Brasil, a referida nota diz o seguinte:
Considerando a repercussão de informações veiculadas pela imprensa sobre a relação entre os casos de microcefalia no Brasil e o larvicida pyriproxyfen, a Abrasco esclarece que em momento nenhum afirmou que os pesticidas, larvicidas ou outro produto químico sejam responsáveis pelo aumento do número de casos de microcefalia no Brasil”.

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