sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Maior problema no alcoolismo: alcoólatras não admitem que são alcoólatras.

Dizem 
que dez por cento
da população brasileira
são alcoólatras.
Certamente a porcentagem é muito maior.



O número de alcoólatras no Brasil é, com certeza, muito maior do que se imagina, pois a maioria deles tem grande dificuldade em admitir que esse mal que é tão grave quanto o vício causado por qualquer outro tipo de drogas. O alcoolismo é geralmente interpretado como consumo compulsivo e descontrolado de bebidas alcoólicas, mas é muito mais do que isto: engloba todos os problemas relacionados ao consumo dessas bebidas incluindo complicações na saúde, nas relações afetivas e na condição do alcoólatra em relação à sociedade. Acrescenta-se a isto o fato de que, no que se refere às relações com a sociedade, o alcoolismo traz complicações para o alcoólatra e todos os seus familiares e amigos, razão pela qual muitos destes se afastam dele em momentos em que ele mais precisa deles. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS ou WHO - de "World Health Organization") estima que há no Brasil cerca de quatro milhões de alcoólatras, e que muitos deles são jovens com cerca de 15 anos de idade. A organização considera o alcoolismo uma doença com consequências físicas e mentais. As causas podem ser muitas: estresse (inclusive por causa de coisas que ocorrem no ambiente de trabalho e no âmbito familiar), problemas no ambiente social, problemas mentais pré-existentes mas nem sempre perceptíveis, histórico familiar (o alcoolismo pode ser hereditário), etc. 
O consumo significativo de qualquer bebida alcoólica provoca alterações fisiológicas e causa modificações na composição química do cérebro. Isto faz com que o indivíduo tenha uma dependência física do álcool e lhe causa a necessidade de consumir doses de bebidas maiores e em mais quantidades. O alcoolismo é um problema difícil de ser identificado porque dificilmente o alcoólatra admite que tem o problema. Consequentemente ele evita o tratamento médico, inclusive por causa do receio das consequências sociais. Como a abstinência também pode trazer problemas físicos, a desintoxicação deve ser acompanhada por profissionais especializados - ou seja, psiquiatras e médicos especializados em doenças que possam ser causadas ou agravadas pelo consumo de álcool. Após todos os processos de desintoxicação, geralmente é necessário que o alcoólatra participe de terapias de grupo ou a grupos como os Alcoólicos Anônimos, o Al-Anon, etc. 
Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, o alcoolismo atinge 10% da população Brasileira. Como já sabemos que dificilmente um alcoólatra admite que tem o problema, o é certamente muito maior. O hospital informa também que 70% dos casos registrados envolvem homens. As mulheres brasileiras alcoólatras confirmadas são, portanto, 30%. Sérgio Nicastri, psiquiatra do hospital, diz que o alcoolismo é a doença mais comum no mundo, e que encarar o problema de frente é um grande desafio para o doente e para toda a família. Ele alerta que considerar o alcoolismo como fraqueza, falta de caráter, e não como uma doença, só agrava a situação e, em muitos casos, isto tem levado alcoólatras ao suicídio ao invés de salvá-lo. Nas redes sociais online (Facebook, Twitter, etc.), as pessoas podem colaborar evitando fazer postagens de fotos com pessoas consumindo bebidas alcoólicas. Isto parece não ter nada demais, mas só para quem não sabe o que é ter esse problema na família e como é difícil, para um alcoólatra que se esforça para se livrar do vício, ver essas fotos e vídeos numa rede social quando ele a procura apenas para se distrair e manter contatos com amigos. 

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