Sinais neurais para dislexia: Sistemas posteriores de leitura ineficientes. Inabilitado - Disléxico (Ilustração da Yale Scientific Magazine) |
troca as posições das letras
em palavras simples,
pode não ser nada demais,
mas pode também ser um problema chamado "dislexia".
A médica Sally Shaywitz é professora de Desenvolvimento de Aprendizagem e o médico Bennett Shaywitz é professor de Dislexia e de Desenvolvimento de Aprendizagem. Juntos, eles lideram o Centro de Aprendizagem e Dislexia e Criatividade da Universidade de Yale em New Haven, no estado de Connecticut (Estados Unidos), onde são pesquisadas as correlações entre a leitura e o quociente de inteligência (QI) em estudantes disléxicos ou que necessitem de condições de ensino especiais. Em 2011, eles estabeleceram comparações entre os QI de estudantes disléxicos e estudantes "típicos".
A dislexia é uma dificuldade de leitura, escrita e soletração geralmente detectada no indivíduo ainda na infância, durante o período de alfabetização, provocando uma defasagem inicial de aprendizado. Pode ser classificada de várias formas, dependendo da abordagem profissional e dos testes utilizados para diagnosticá-la. Pode ser disfonética, diseidética, visual, auditiva ou mista.
A dislexia é uma dificuldade de leitura, escrita e soletração geralmente detectada no indivíduo ainda na infância, durante o período de alfabetização, provocando uma defasagem inicial de aprendizado. Pode ser classificada de várias formas, dependendo da abordagem profissional e dos testes utilizados para diagnosticá-la. Pode ser disfonética, diseidética, visual, auditiva ou mista.
A dislexia é disfonética quando são percebidas (pelo profissional, não pela própria pessoa ou seus familiares) dificuldades de percepção auditiva na análise e síntese de fonemas (sons das palavras que a pessoa ouve). Também nela são detectadas evidências de trocas de fonemas por outros semelhantes, dificuldades no reconhecimento e na leitura de palavras com significado desconhecido, alterações na ordem das letras e sílabas na escrita das palavras, maior dificuldade na escrita do que na leitura e na substituição de palavras por sinônimos (palavras com mesmo significado).
Pode ser um caso de dislexia diseidética quando, mesmo no início do processo de alfabetização, há troca de posições de letras em palavras geralmente consideradas simples. Isto tende a se confirmar ainda mais quando ocorre dificuldade na percepção visual (que nem sempre é problema de vista), na percepção do todo como maior do que a soma das partes e na análise e síntese de fonemas. Esta é uma situação em que a pessoa lê sílaba por sílaba, sem conseguir identificar a síntese das palavras, misturando-as e fragmentando-as, trocando fonemas por outros similares e demonstrando mais dificuldade na leitura do que na escrita.
Pode ser um caso de dislexia diseidética quando, mesmo no início do processo de alfabetização, há troca de posições de letras em palavras geralmente consideradas simples. Isto tende a se confirmar ainda mais quando ocorre dificuldade na percepção visual (que nem sempre é problema de vista), na percepção do todo como maior do que a soma das partes e na análise e síntese de fonemas. Esta é uma situação em que a pessoa lê sílaba por sílaba, sem conseguir identificar a síntese das palavras, misturando-as e fragmentando-as, trocando fonemas por outros similares e demonstrando mais dificuldade na leitura do que na escrita.
Como o próprio nome já demonstra, a dislexia auditiva é diagnosticada quando são detectadas deficiências na percepção auditiva, na memória auditiva e na dificuldade do processamento cognitivo dos sons das sílabas. A dislexia mista é referente aos casos em que há evidências de dois ou mais tipos diferentes de dislexia na mesma pessoa. A ilustração acima, publicada na revista "Yale Scientific" seguindo orientações da Dra. Sally Shaywitz, mostra a classificação feita com base numa das causas mais comuns de dislexia: a primária ou genética, que apresenta uma disfunção no lado esquerdo do cérebro. É uma disfunção mais frequente em meninos, mas ocorre também em meninas. É hereditária e, tanto neles como nelas, persiste até a idade adulta ou por toda a vida. Suas principais características são dificuldades na leitura, na escrita e na pronúncia de certas palavras geralmente fáceis de ser lidas, escritas e pronunciadas por não disléxicos mesmo quando estes não conhecem seus significados.
A dislexia também pode ser secundária ou de desenvolvimento. Neste caso, as causas podem ser má nutrição, negligência por parte dos adultos da família (todos os adultos - não somente os pais - incluindo tios, etc.), "educação" à base de chineladas ou palmadas (mesmo quando estas ocorrem "só de vez em quando"). Se o problema for descoberto há tempo, e se as atitudes dos pais, mães e dos demais adultos da família forem mudadas o mais cedo possível, o problema pode diminuir com o avanço da idade da criança. A dislexia mais comum em adultos e rara em crianças é a conhecida como "dislexia tardia" ou "por traumas". É causada quando ocorrem lesões cerebrais que afetam áreas responsáveis pela compreensão de linguagens, sejam estas de seu país de origem ou idiomas estrangeiros.
Sara e Bennett explicam, de forma resumida, que a dislexia é um problema de aprendizagem principalmente, mas não somente, quanto à leitura, representada por dificuldades em relacionar símbolos gráficos às vezes mal reconhecidos e fonemas e significados mal identificados. Eles destacam que não é uma doença, não significa que a criança ou o adulto não seja normal; é apenas um defeito de aprendizagem, especialmente de leitura. Suas evidências se destacam principalmente durante a educação infantil e o ensino fundamental. A criança tem dificuldade em ler e especialmente em escrever corretamente (por exemplo, "ovóv" em vez de "vovó", "acas" em vez de "casa"), mesmo quando seu QI é normal ou acima da média.
No entanto, os sinais relacionados à escrita e à leitura não são os únicos. Em casa, família pode perceber outros sinais. O disléxico costuma confundir "direita" e "esquerda", dificuldades em matemática, confusão com relação às tarefas (escolares e outras), pobreza de vocabulário, etc. Quando o disléxico ainda é um bebê, a demora ou as dificuldades para engatinhar, sentar e andar pode ser evidências. Mas deve ser enfatizado que a dislexia não é uma debilidade mental, não tem relação alguma com nível de escolaridade precário nem com deficiências visuais ou auditivas. O disléxico é uma pessoa normal e tem que ser tratado como tal; apenas seu processo de aprendizagem é que ocorre de forma diferente do da maioria das pessoas. Por isto ele necessita de um processo de ensino também diferenciado e de atenções específicas em casa. O fato de ser disléxico não impede que a pessoa seja bem sucedida na vida. Exemplos de disléxicos muito bem sucedidos e famosos: Walt Disney, William Shakespeare, Albert Einsten, Tom Cruise, Will Smith, Aghata Christie, Gilberto Gil, Ratinho, Woopy Goldberg, etc.
Para saber mais a respeito, consulte um psicólogo de sua confiança, que seja preferencialmente especializado em fonoaudiologia.
Fontes:
A dislexia também pode ser secundária ou de desenvolvimento. Neste caso, as causas podem ser má nutrição, negligência por parte dos adultos da família (todos os adultos - não somente os pais - incluindo tios, etc.), "educação" à base de chineladas ou palmadas (mesmo quando estas ocorrem "só de vez em quando"). Se o problema for descoberto há tempo, e se as atitudes dos pais, mães e dos demais adultos da família forem mudadas o mais cedo possível, o problema pode diminuir com o avanço da idade da criança. A dislexia mais comum em adultos e rara em crianças é a conhecida como "dislexia tardia" ou "por traumas". É causada quando ocorrem lesões cerebrais que afetam áreas responsáveis pela compreensão de linguagens, sejam estas de seu país de origem ou idiomas estrangeiros.
Sara e Bennett explicam, de forma resumida, que a dislexia é um problema de aprendizagem principalmente, mas não somente, quanto à leitura, representada por dificuldades em relacionar símbolos gráficos às vezes mal reconhecidos e fonemas e significados mal identificados. Eles destacam que não é uma doença, não significa que a criança ou o adulto não seja normal; é apenas um defeito de aprendizagem, especialmente de leitura. Suas evidências se destacam principalmente durante a educação infantil e o ensino fundamental. A criança tem dificuldade em ler e especialmente em escrever corretamente (por exemplo, "ovóv" em vez de "vovó", "acas" em vez de "casa"), mesmo quando seu QI é normal ou acima da média.
No entanto, os sinais relacionados à escrita e à leitura não são os únicos. Em casa, família pode perceber outros sinais. O disléxico costuma confundir "direita" e "esquerda", dificuldades em matemática, confusão com relação às tarefas (escolares e outras), pobreza de vocabulário, etc. Quando o disléxico ainda é um bebê, a demora ou as dificuldades para engatinhar, sentar e andar pode ser evidências. Mas deve ser enfatizado que a dislexia não é uma debilidade mental, não tem relação alguma com nível de escolaridade precário nem com deficiências visuais ou auditivas. O disléxico é uma pessoa normal e tem que ser tratado como tal; apenas seu processo de aprendizagem é que ocorre de forma diferente do da maioria das pessoas. Por isto ele necessita de um processo de ensino também diferenciado e de atenções específicas em casa. O fato de ser disléxico não impede que a pessoa seja bem sucedida na vida. Exemplos de disléxicos muito bem sucedidos e famosos: Walt Disney, William Shakespeare, Albert Einsten, Tom Cruise, Will Smith, Aghata Christie, Gilberto Gil, Ratinho, Woopy Goldberg, etc.
Para saber mais a respeito, consulte um psicólogo de sua confiança, que seja preferencialmente especializado em fonoaudiologia.
Fontes:
- "Yale Scientific Magazine" - edição de Abril de 2011 - publicação da Yale University - EUA.
- Livro "Dislexia - Você sabe o que é?", de Zeneida Bittecourt Luczynsky - Editora Da Autora - Curitiba, PR.
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