quinta-feira, 17 de abril de 2014

Copa 2014 é recordista mundial em polêmicas e gastos.

O Tribunal de Contas do Rio de Janeiropediu que os valores excedentes nas obras do Maracanã
não sejam pagos. 
A Copa Mundial de Futebol
que está para ocorrer no Brasil
é considerada a mais polêmica 
e a mais onerosa que já ocorreu. 


A Copa do Mundo de 2014 será a mais cara de todas as Copas do Mundo. Até julho do ano passado, a "organização" Já estava custando ao Brasil cerca de R$ 28 bilhões ("Folha na Copa"). Naquela ocasião, o próprio Ministério dos Esportes informou que o investimento total chegaria a R$ 33 bilhões, sendo que o governo brasileiro, estados municípios onde os jogos serão realizados se responsabilizariam por 85,5% desse valor.
Em sua edição do 31 de março deste ano, o 
Jornal do Brasil informou que os gatos já estão bem maiores. Seria possível o país gerar lucros e mudanças com a Copa do Mundo acontecendo nele? É bem provável que sim, pois isto foi o que aconteceu nos Estados Unidos em 1994. Infelizmente o Brasil perdeu essa chance e acabou se revelando como o maior gastador de verbas para a realização de evento em relação a todas as copas mundiais de futebol desde 1930.
Até agora, ao que parece, a única beneficiada é a iniciativa privada, segundo diz o Jornal do Brasil: "
A poucos meses para os jogos, porém, se mostra o maior gastador de verbas do governo em Mundial de Futebol, em nome de um evento que deve beneficiar principalmente, ou apenas, a iniciativa privada. Que pode ainda gerar desemprego e outras consequências negativas. Qualquer coisa que se ganhe com a Copa de 2014, então, pode não se comparar ao preço que o país já começou a pagar. Uma das grandes paixões do brasileiro, que virou parte da cultura principalmente nas camadas mais pobres da sociedade, de onde sai, inclusive, a maior parte dos jogadores, agora se volta cada vez mais à elite."
Segundo Rodrigo Mattos, no Uol Esporte (
Ingressos para a Copa), a venda de ingressos já cumpriu quatro etapas. Nas três primeiras, os torcedores participaram de um sorteio através do site da Fifa. Na quarta, os bilhetes - caríssimos - que restaram foram vendidos só por ordem de encomenda. A quinta e última etapa começou no dia 15 deste mês e vai até o dia da final da Copa (13 de julho). A grande maioria dos ingressos foi mesmo para a elite. Para os torcedores menos privilegiados (inclusive financeiramente), resta menos de um terço, mas a venda continua sendo por ordem de encomenda:  consegue quem pedir primeiro. Com 12 cidades onde os jogos ocorrerão, nenhuma outra Copa do Mundo ofereceu tantos assentos, mas os torcedores brasileiros que os conseguiram foram pouquíssimo. Portanto, a torcida brasileira será minoria nos estádios.
Mas há também uma imensa maioria de brasileiros que demonstra que não quer nem ouvir falar em Copa do Mundo porque estão muito insatisfeitos com tantos gastos feitos para um evento que não é necessário para o Brasil enquanto outras coisas necessárias (atendimento de saúde, escolas, universidades, etc.) precisam de melhorias urgentes que nunca acontecem. Como se isto não bastasse, surgem as notícias de superfaturamentos nas obras nos estádios. No caso do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, o Tribunal de Contas do Distrito Federal apontou indícios de um superfaturamento de R$ 431 milhões no mês passado. No dia 15 (anteontem), o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro apontou um superfaturamento de R$ 67.300.000,00 (sessenta e sete milhões e 300 mil reais). Somados, somente esses dois superfaturamentos representam R$ 498.300.000,00 (quatrocentos e noventa e oito milhões e 300 mil reais. Este valor já é um excedente  de R$ 465.300.000,00 em relação ao total de R$ 33 milhões inicialmente previstos pelo Ministério dos Esportes. Segundo informações divulgadas pela imprensa, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro "pediu" para que os valores excedentes não sejam pagos às empresas construtoras (Andrade Gutierrez e Odebretch).
Quantas escolas, com capacidade para 360 alunos cada uma, poderiam ser construídas no Brasil por esse valor?
No dia 30 de maio de 2011, eu encontrei num site da Prefeitura de Presidente Prudente 
- Prefeitura de Presidente Prudente/Secretaria de Educação - havia concluído o cálculo do orçamento para a construção da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Placídio Braga Nogueira, com capacidade para atender a 300 alunos. O valor revelado foi de R$ 1.993.800,00 (um milhão, 993 mil e 800 reais. Com R$ 465.300.000,00, seria possível construir, então, 233 escolas como aquela. Isto representaria um acréscimo de vagas para 69.900 crianças.

Fontes: 

  • Estão citadas no texto com seus respectivos links.
  •  Ilustração: Arquivo Google.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por prestigiar este blog. Seus comentários sempre serão muito importantes.