terça-feira, 14 de julho de 2015

New Horizons - A ficção científica se tornando realidade.

"Parece ficção científica,
mas não é."

- disse o cientista Allan Stern.




Aqueles que na década de 1960 tiveram o privilégio de assistir a serie de TV "O Tunel do Tempo" devem se lembrar do episódio em que os dois "viajantes do tempo" (os personagens Dough Philips e Tony Newman) presenciaram um fato "num futuro próximo" semelhante ao que aconteceu na realidade de hoje. Os resultados obtidos superaram as expectativas até mesmo dos cientistas que participam da missão desde seu planejamento.
A foto acima é uma representação artística da sonda New Horizons prevendo sua passagem por Plutão a 14 de julho de 2015 - isto é, a data de hoje. Foi publicada no dia Crédito: Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute (JHUAPL/SwRI). Foi publicada no dia 5 deste mês no blog Imperium Solis. Entretanto, os fatos que ocorreram hoje por volta das 09:00 hs (horário de Brasília) superaram até mesmo as metas desejadas pelos próprios cientistas da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, envolvidos na missão. 
Pode-se dizer que toda essa história começou em 1930, quando o astrônomo norte americano Clyde Tombaugh, então aos 24 anos de idade, descobriu o planeta (atualmente chamado "planeta anão") Plutão. Considerado o nono planeta do Sistema Solar até 2006, passou então a ser chamado de "planeta anão", não apenas por causa de suas dimensões (seu diâmetro maior tem cerca de 5.906.376.272 km), mas principalmente porque sua órbita cruza a do planeta Netuno. Apesar dessa "decisão" tomada em 2006 pela União Astronômica Internacional, ela não é unânime no "mundo científico": muitos astrônomos ainda consideram Plutão um planeta e não veem razão para mudar esse conceito. 
Nos últimos 85 anos, os cientistas só conseguiram obter dados sobre Plutão através de telescópios instalados na Terra e no espaço. O que ocorreu hoje mudou radicalmente os rumos dos estudos sobre o planeta ou "planeta anão". A sonda New Horizons ("Novos Horizontes" em inglês), da Nasa ("National Aerial and Space Administration"/"Administração Nacional Aérea e Espacial") aproximou-se da superfície de Plutão e do maior de seus cinco satélites naturais, Caronte, dentro dos limites que já estavam previstos - respectivamente, 12,5 mil e 29 mil quilômetros aproximadamente. Parecem grandes distâncias, mas em termos astronômicos e astronáuticos, são bem pequenas. Allan Stern, cientista e líder da missão, disse que "parece ficção científica, mas não é".
O evento de hoje aconteceu como parte de uma jornada que começou há nove anos e já completou cerca de três bilhões de milhas (cerca de 4,82 bilhões de quilômetros). A sonda já enviou fotos que surpreenderam os envolvidos na missão. Uma delas sugere a existência de penhascos na superfície de Plutão. Cathy Olklin, especialista em ciência planetária, disse que no decorrer da missão ainda será possível obter mais dados sobre a geologia e as composições do solo e da atmosfera. Ainda hoje deverão ser conhecidas as alturas de algumas montanhas e as profundidades de alguns vales. O geólogo da missão, John Spencer, disse que as imagens já obtidas já confirmam coisas surpreendentes sobre Plutão. Para astrônomos e geólogos de vários países, hoje foi um dia histórico. 

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