Ilustração: Revista Pesquisa - Fapesp |
afirmam que as fraudes científicas
continuam sendo
mais frequentes
do que podemos imaginar.
Isto é péssimo para a ciência, e o que é péssimo para a ciência é ainda pior para o público em geral. Entretanto, nem todos os casos de fraude se tornam conhecidos publicamente porque na maioria deles a "intervenção informal" de colegas ajuda a contornar o problema antes que ele se torne um escândalo. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) informa em seu site que um estudo publicado na prestigiada revista científica americana "Nature" revelou que, nos Estados Unidos, os casos de fraude científica são mais comuns do que até mesmo muitos cientistas imaginam, mas muitos deles são acobertados por essa tal "intervenção informal".
No Brasil, muitos cientistas afirmam que a maioria dessas fraudes é baseada no pensamento de que toda experiência importante pode, em princípio, ser reproduzida por outros pesquisadores. Isto é semelhante ao que, em artes como a música, por exemplo, chamamos de "plágio". É um pensamento que procura justificar a fraude em pelo menos alguns casos com o intuito de nos fazer entender que isto desencorajaria a desonestidade. Felizmente esse raciocínio não é unânime entre os cientistas. Muitos deles consideram que não se pode recorrer à falsificação para se comprovar uma verdade. Infelizmente, ainda assim as fraudes em ciência são muitas. Lamentavelmente, alguns pesquisadores argumentam que as "grandes fraudes" são exceções, e consideram a maioria delas como "pequenas fraudes". Científicas ou não, não há fraudes grandes ou pequenas, há simplesmente fraudes, e todas são graves. Não é preciso ser um cientista para se concluir que todas são prejudiciais, inclusive porque, para descobri-las, são gastos recursos altíssimos que seriam melhor aplicados se fossem utilizados para o avanço do verdadeiro conhecimento.
No Brasil, muitos cientistas afirmam que a maioria dessas fraudes é baseada no pensamento de que toda experiência importante pode, em princípio, ser reproduzida por outros pesquisadores. Isto é semelhante ao que, em artes como a música, por exemplo, chamamos de "plágio". É um pensamento que procura justificar a fraude em pelo menos alguns casos com o intuito de nos fazer entender que isto desencorajaria a desonestidade. Felizmente esse raciocínio não é unânime entre os cientistas. Muitos deles consideram que não se pode recorrer à falsificação para se comprovar uma verdade. Infelizmente, ainda assim as fraudes em ciência são muitas. Lamentavelmente, alguns pesquisadores argumentam que as "grandes fraudes" são exceções, e consideram a maioria delas como "pequenas fraudes". Científicas ou não, não há fraudes grandes ou pequenas, há simplesmente fraudes, e todas são graves. Não é preciso ser um cientista para se concluir que todas são prejudiciais, inclusive porque, para descobri-las, são gastos recursos altíssimos que seriam melhor aplicados se fossem utilizados para o avanço do verdadeiro conhecimento.
A investigação sobre fraudes científicas é uma tarefa muito árdua. Mesmo os cientistas mais capacitados levam décadas para descobri-las, apesar do avanço tecnológico e da inegável melhoria de técnicas para detectá-las. Porém, felizmente elas acabam sendo descobertas em algum momento, mesmo por acaso. O problema é que, por causa delas, muitos prejuízos ocorrem durante essas décadas. Prejuízos estes que poderiam ser evitados em vez de ter que ser descobertos e remediados. Entretanto, segundo o professor e bibliotecário Jeffrey Beall, é possível diminuir bastante a proliferação dessas fraudes se houver melhoria na qualidade da educação - que no Brasil, como sabemos, continua sendo uma lástima e tem problemas cada vez mais graves.
Beall é um especialista em divulgação e comunicação acadêmica da Biblioteca Auraria, da Universidade de Colorado em Denver, nos Estados Unidos. Ele faz pesquisas sobre metadados e recuperação de informação científica há 24 anos. Em junho deste ano, durante a Quarta Conferência Mundial Sobre Integridade nas Pesquisas, no Rio de Janeiro, segundo a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ele disse que a educação qualitativa é a melhor arma contra a proliferação de publicações predatórias no meio científico. Ele disse que é preciso "avançar os processos educacionais e conscientizar pesquisadores e a comunidade acadêmica em todo o mundo é o único meio de restringir a disseminação de publicações independentes e questionáveis focadas em divulgação científica".Felizmente um imenso número (espero que seja a maioria) de cientistas em todo o mundo manifesta seu pensamento de que toda fraude científica deve ser punida severamente. Nos Estados Unidos, a punição existe e varia, segundo cada caso, desde a perda do direito de receber doações para outras pesquisas à demissão da instituição para a qual o pesquisador trabalha, podendo ser igualmente punidos também co-autores e colaboradores da fraude. Mesmo assim, naquele país o índice de casos de fraudes científicas tiveram um aumento de 161% nos últimos 16 anos.
Beall é um especialista em divulgação e comunicação acadêmica da Biblioteca Auraria, da Universidade de Colorado em Denver, nos Estados Unidos. Ele faz pesquisas sobre metadados e recuperação de informação científica há 24 anos. Em junho deste ano, durante a Quarta Conferência Mundial Sobre Integridade nas Pesquisas, no Rio de Janeiro, segundo a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ele disse que a educação qualitativa é a melhor arma contra a proliferação de publicações predatórias no meio científico. Ele disse que é preciso "avançar os processos educacionais e conscientizar pesquisadores e a comunidade acadêmica em todo o mundo é o único meio de restringir a disseminação de publicações independentes e questionáveis focadas em divulgação científica".Felizmente um imenso número (espero que seja a maioria) de cientistas em todo o mundo manifesta seu pensamento de que toda fraude científica deve ser punida severamente. Nos Estados Unidos, a punição existe e varia, segundo cada caso, desde a perda do direito de receber doações para outras pesquisas à demissão da instituição para a qual o pesquisador trabalha, podendo ser igualmente punidos também co-autores e colaboradores da fraude. Mesmo assim, naquele país o índice de casos de fraudes científicas tiveram um aumento de 161% nos últimos 16 anos.
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